doença gengival x medicamentos para azia
A utilização de medicamentos para a azia está associada a uma redução da gravidade da doença periodontal, segundo um estudo recente realizado pela Universidade de Buffalo.
O estudo descobriu que os pacientes que tomam inibidores da bomba de prótons (PPIs), sendo normalmente prescritos para tratar azia, refluxo ácido e úlceras, tendem a ter menos profundidade nas gengivas (o espaço entre os dentes). Quando as gengivas estão saudáveis, elas cabem bem sobre os dentes. Contudo, quando estão presentes bactérias nocivas, a lacuna torna-se mais profunda, levando à inflamação, perda óssea e periodontite (também conhecida como doença da gengiva).
Os resultados, publicados no mês passado na revista Clinical and Experimental Dental Research, podem estar ligados aos efeitos secundários dos PPIs, incluindo alterações no metabolismo ósseo e microbiota intestinal, disse a investigadora principal Lisa M. Yerke, DDS, UB School of Dentistry, Department of Periodontology and Endodontics. Professor Assistente Clínico, afirmou.
Os PPIs podem ser utilizados em combinação com outros tratamentos periodontais. Contudo, é necessária mais investigação para compreender os mecanismos subjacentes através dos quais os PPIs desempenham um papel na redução da gravidade da doença periodontal”, disse Järke.
Outros investigadores incluem o autor principal e ex-aluno da UB Bhavneet Chawla e Robert E. Cohen, DDS, Ph.D., professor de periodontologia e endodontia na Faculdade de Odontologia da UB.
O estudo investigou se existia uma associação entre o uso de PPI e a doença periodontal. Os investigadores analisaram dados clínicos de mais de 1.000 pacientes com periodontite que tomaram e não tomaram PPIs. A profundidade da sondagem foi utilizada como indicador da gravidade da doença periodontal.
Apenas 14% dos dentes dos pacientes que utilizam PPIs tinham uma profundidade de sondagem superior a 6 mm, em comparação com 24% dos dentes dos pacientes que não utilizam os fármacos. E 27% dos dentes dos pacientes que tomavam PPI tinham uma profundidade de sondagem de 5 mm ou mais, em comparação com 40% dos dentes dos pacientes que não tomavam PPI.
Os investigadores sugerem que os PPIs não só alteram o metabolismo ósseo e a microbiota intestinal como também podem afetar as bactérias periodontais, o que pode ajudar a reduzir a gravidade da doença periodontal.
De acordo com Yerke, estão em curso mais investigações para determinar se esta relação é observada noutras populações periodontais e em que medida pode estar diretamente relacionada com PPIs.
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